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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Muito se tem escrito  sobre  limite na educação . Mas o que realmente é isto?

 Recentemente uma mãe angustiada entrou em meu consultório, sentou-se à minha frente e começou a  falar ininterruptamente sobre o comportamento  do seu filho,  que naquela semana fazia 15 anos. Segundo ela, a educação dada a seu filho  fora pautada em limites,  não tinha sido  aquele tipo de mãe que dizia SIM para tudo, a ele  fora dado limites, dizia ela aos prantos. Aos poucos fui percebendo que, para aquela mãe como para  tantas outras, um simples “Não”  era sinônimo de limite. Pobre daquela criança, pensei enquanto lembrava da educação recebida pelo meus pais......

Não por coincidência,  semanas após encontro-me frente a uma bela  criança impossível” que os pais assim me encaminharam. Não gosto de rótulos, mas confesso que a primeira vista o rótulo lhe caíra bem. Aos poucos fui  notando que, ao contrário daquela mãe que impôs limites a seu filho  de forma autoritária, sempre dizendo não , esta criança fora  criada no mundo mais “moderno”, num mundo altamente influenciado pela mídia  onde  tudo pode, no mundo do SIM, digamos assim.


No final de semana em minha casa,  lendo  fichas de alguns pacientes, crianças ou  adultos, consegui relacionar  problemas de insegurança, agressividade, impaciência, insatisfação com a vida , depressão e problemas de comportamento à  falta de limites que estas pessoas tiveram ou estão tendo em sua vida.

Nem tanto ao céu , nem tanto a terra, pensei. Em outras palavras, tanto o  excesso de limite  quanto  a falta dele pode ser prejudicial na formação do indivíduo. Dar liberdade para se discutir os limites é a palavra chave  na formação de um indivíduo. Quero dizer com isto que  se uma  criança não recebe limites de forma  clara, sem  orientação do porque e  para o que pode ou não  fazer, não está sendo educada. Limites não devem ser postos como cercas limitadoras na vida das pessoas, e sim como linhas tênues que uma vez  ultrapassadas trarão conseqüências.

Ë preciso então que pais e educadores não entendam   limites  como uma ferramenta que lhes dê garantias de  que serão cegamente  obedecidos e sim, que o mesmo  seja um recurso usado na formação que torne a criança  um ser digno, feliz e  respeitado.

Adriana Rosado
Psicólogia, Psicomotricidade e Neuropsicologia

                                                                             


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